A articulação temática entre bioética e estudos de gênero resulta evidente, além de vigente, na análise das chamadas terapias reparadoras de "correção" ou mudança da orientação homossexual. Neste artigo se expõem os elementos básicos que, em forma de insumos, permitem o diálogo bioético sobre este assunto. São apresentados os fundamentos da orientação sexual e seu reconhecimento como um direito humano. Além disso, aborda-se alguns elementos teóricos a respeito do emprego do poder médico como mecnismo de domestificação. Na parte final se analizam algumas características das terapias reparadoras e se expõe as razões que não tornam eticamente sustentável sua aplicação.